Fiquei seriamente arrepiado, quando amenamente assistia o último serviço noticioso – o telejornal – no canal 1 da Televisão Pública de Angola, ao ver – mais uma vez – a cara esquisita do secretário para a informação do MPLA, Rui Falcão Pinto de Andrade, a trocar novamente os pés pelas mãos, disparando milhentas palavrões directamente contra a pessoa do secretário geral da UNITA, Abílio Camalata Numa.
O nosso Rui Fal(CÃO), cuja função principal é na maior parte das vezes a parecer – através dos meios de comunicação social estatal dirigido por MPLA – para amedrontar os pacatos cidadãos angolanos sempre que a direcção do “galo negro” depreca, aos órgãos competentes de justiça, a protegerem – como manda a Constituição – a vida dos seus militantes e não só, que têm sido vítimas da intolerância política gratuita protagonizada, na maior parte das vezes, por militantes – identificados – do partido no poder em vários cantos do país.
De facto, já ninguém leva sério – até os próprios militantes do MPLA – os pronunciamentos deste dirigente que tem, desnecessariamente, envergonhado o espírito revolucionário da família Pinto de Andrade, em particular do seu avô – Mário Pinto de Andrade (MPA) –, um dos fundadores deste partido que deu a sua vida, para dia acordar numa Angola una e justa de Cabinda ao Cunene. E se este (MPA) tivesse que ressuscitar dos mortos para testemunhar os erros miúdos do seu neto atrasado – que brinca com coisas sérias –, de certeza morreria de um ataque cardíaco.
Sem qualquer argumento viável, o secretário para a informação do MPLA acusou o secretário geral da UNITA de ser o mentor das atrocidades sucedidas – entre os militantes de ambas as partes – no município de Bailundo, esquecendo-se que as suas brutas declarações só comprova e reforça ainda mais, o que todos angolanos sabem que é: “o MPLA continua não estar preparado, nem mesmo após de 36 anos no poder, para garantir uma vida condigna aos angolanos por falta de vontade patriótica, do amor ao próximo e de um programa política saudável.”
Politicamente é triste e feio, quando um dirigente do seu gabarito (de falar merdas) a parece, publicamente, somente para zombar duma questão tão séria como da intolerância política – que inclusive já causou desnecessariamente várias vítimas mortais, e curiosamente tive a oportunidade de testemunhar ‘in loco’ em duas províncias nomeadamente: Benguela e Huambo. A UNITA por sua vez, sempre manifestou a sua preocupação em diversas conferências de imprensas realizadas na capital, solicitando apoios dos órgãos competentes para acalmar os ânimos, principalmente no que diz respeito a liberdades fundamentais.
Ainda sobre esta questão, pessoalmente creio que ao invés do compatriota Fal(CÃO) – e o seu partido dos vândalos – tentarem tapar o sol com a peneira, deviam, se pelo menos tivessem um pouco de auto-estima e um pingo de dignidade, sugerir nas suas reuniões privadas, a criação de um comité de especialidade – como é do vosso habito – para confrontar os dados da UNITA, e posteriormente recomendavam aos vossos militantes, o respeito pela a vida humana. Olvidando assim, as vossas divergências políticas, porque isso só vos renda na boca das urnas. Porém, atiçá-lo só banaliza – cada vez mais – a imagem imunda do país neste campo.
Quanto a questão da falta de projecto ou programa político por parte da UNITA, Rui(m) Fal(CÃO) esqueceu-se literalmente que o programa apresentado pelos ‘maninhos’ na véspera das últimas eleições legislativas, em 2008, foi superior – em termo de elaboração, e não só – que do seu partido. Razão pela qual, a direcção do MPLA sentiu-se na obrigação de copiá-la quase na sua totalidade, uma vez que o projecto apresentado por eles não convencia de facto, a ninguém. E, habitualmente, como fazem os alunos ‘mangonheiros’ que não estudam acabam sempre por recorrer às cabulas para tirarem boas notas, durante o período das provas.
Porque só cabe na cabeça ‘ruim’ do porta-voz do MPLA, que os “maninhos” não têm programa de governação, mesmo após de inúmeras sugestões e programas apresentada ao público. Só para vos refrescar a memória perguntem a “tia Chica” para onde anda às sugestões apresentadas pela UNITA após as visitas efectuadas, em todos os municípios da “Kianda”, para o seu melhoramento. E vê se põem isso em prática no sentido de ajudar-vos a melhorar, a péssima imagem da capital..
Já sobre a questão de aproveitamento do cargo de deputado para a interferência da justiça, Rui Fal(CÃO) sabe muito bem que, a Constituição angolana está por de cima tudo e de todos, seja ele deputado, ministro, general, comandante da polícia, jornalista, etc., etc.. A par isso, o deputado Rui Fal(CÃO) tem, de certeza, o conhecimento que os seus colegas (deputados), principalmente do seu partido, têm utilizados imensas vezes os seus títulos para interferirem em vários assuntos que não tem nada a ver com a política.
A título de exemplos esta, o ex-deputado Mello Xavier que agredia fisicamente, sem receio, os agentes da polícia nacional quando interpelassem os seus rebentos vândalos e matumbos, e não só. Pois, o mesmo também aterrorizava várias senhoras na Ilha de Luanda, agredindo-as quando bem entendesse, só porque era deputado.
Outro exemplo a ter em conta é, dos filhos do vice-presidente da República, Fernando Dias dos Santos “Nandó”, que distribuíam (até hoje) gratuitamente socos e pontapés as polícias, cidadãos comuns, e nunca foram levadas as barras do tribunal por discordância do pai. E hoje se gabavam publicamente que: “este país é deles”.
Por último estão os filhos do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, – o messias dos ‘mplelistas’ – que têm comprado tudo e todos por influência do pai. Até hoje, nunca apareceu ninguém para dizer-nos onde estes jovens tiraram tanto dinheiro para gastar de forma desordeira e grosseira. Até as pequenas ilhas onde a marinha de guerra angolana formava os seus membros foram entregues a uma dela (Isabel dos Santos), e ninguém contesta.
Já particularmente no caso de Rui lambe-botas, todos sabem que este tem, desnecessariamente, utilizado os seus cargos para intimidar pessoas – que não vale citar nomes – em meios restritos.
Por fim, é importante que o camarada Fal(CÃO) saiba que os angolanos estão super cansados da vossa linguagem “DE RECORRER AS SITUAÇÕES MENOS BOAS”, tal como sucedeu em 27 de Maio de 1977, em que o MPLA decidiu matar a sangue frio mais de 80 mil angolanos inocentes. E a mesma estória de matanças voltou a ser registado em 1992, na qual foram assassinadas mais 60 mil pessoas por serem “bakongos e ovimbundos”. Por isso, vai com calmas ó kota, os tempos agora estão a mudar, e vão mudar ainda para o melhor. As vossas ameaças não passam de simples “tesão de mijo”.
Ao invés de continuar a duvidar da capacidade de percepção, e amadurecimento, dos angolanos que podem muito bem recorrerem ao artigo 49 da Constituição. Eu no seu caso aconselhava os meus chefes abater “a bola baixa”, porque se ousarem matar um ou mesmo dez, inevitavelmente haverá um “putsh” para destruir tudo e todos, seja lá quem for.
Pois, lembra-te que, a luta contra o neocolonialismo, em África, já arrancou e ninguém quer continuar a ser dirigido por um ditador. Seria, de facto, muito bom que evitássemos todos optar por esta via.